7 de dez. de 2010

Benefícios dos Óleos vegetais no verão

Use e abuse dos Óleos Vegetais: Os chamados Carreadores da Aromaterapia hidratam, nutrem e "transportam" os óleos essenciais...
Pesquisa realizada por Stella Bittar
A regra básica da Aromaterapia é nunca aplicarmos óleos essenciais diretamente sobre a pele - precisamos sempre de uma “base” na qual devemos diluir os óleos essenciais:

Os Óleos Vegetais, comumente utilizados para esta função, são ricos em emolientes, mantendo a umidade, suavidade e flexibilidade da pele, atuando contra a irritação graças à presença de lipídios.  Eles protegem, nutrem, hidratam e “transportam” os óleos essenciais para dentro do organismo.
Os Óleos Vegetais mais utilizados na Aromaterapia são: Abacate, Damasco, Avelã, Gergelim, Macadâmia, Amêndoas, Germe-de-Trigo, Oliva, Semente-de-Uva, Rosa Mosqueta, Soja, Girassol, Borragem, Castanha-do-Pará, Prímula, Jojoba, Côco. 
A escolha do Óleo Vegetal dependerá das propriedades específicas de cada um em relação ao  benefício terapêutico procurado.
Muitas vezes aconselho o uso dos óleos vegetais puros – principalmente em climas extremos: no verão podemos utilizar alguns deles como hidratante natural e no inverno para protegermos a pele contra o frio.
Descubra alguns deles!!!
SEMENTE-DE-UVA Vitis vinifera: Sul da Europa, Norte da África, Oriente Médio. De textura fina e fácil penetração, seu custo é relativamente baixo. Bom para massagens. Antioxidante, facilita a regeneração e hidratação do tecido cutâneo.

AMÊNDOAS-DOCES  Prunus amygdalus: Ásia Central. Lubrificante e suave, bom para massagens também faciais. Ótimo para peles sensíveis e secas. Rico em proteínas, é um ótimo emoliente proporcionando maciez à pele. Dificilmente se consegue o óleo prensado a frio, sem uso de solventes – que é o melhor.

GERME-DE-TRIGO Triticum sativum: Textura fina. Rico em vitamina E, poderoso antioxidante e conservante natural de outros óleos. Contém vitaminas A, B1, B2, B3, B6, D, F e rico em Lecitina. Ajuda a revitalizar e suavizar peles ásperas e envelhecidas.

OLIVA  Olea europaea: Sua textura é grossa e bastante oleosa. Extraído da Oliveira, Ásia Menor. Ação regenerativa da epiderme, grande emoliente. Excelente para os cabelos, mãos, unhas e pele. É um anti-rugas natural...

GIRASSOL Helianthus annus: Textura fina, aroma suave. Artesanalmente obtém-se o óleo por prensagem a frio. Poderoso hidratante e emoliente, possui grande quantidade ácidos graxos insaturados (oléico e linoléico). Não utilize o refinado encontrado nos supermercados...

ROSA-MOSQUETA Rosa rubiginosa: Aroma e textura leves. Chile. O óleo é extraído dos frutos. Excelente em tratamentos para pele, misturado a outros óleos. Grande antioxidante. Poderoso regenerador cutâneo, é utilizado no tratamento de cicatrizações, queimaduras, redução de cicatrizes, quelóides, assaduras...

ABACATE  Persea americana: De textura grossa. O Brasil é o 4º maior produtor do mundo. O óleo é derivado da polpa do fruto prensado a frio e filtrado (não do caroço, que é tóxico). Solidifica-se quando resfriado. Ótimo para peles sensíveis e secas. Misturar com óleos mais leves.

CASTANHA-DO-PARÁ  Bertholletia excelsa:  Norte do Brasil. Excelente emoliente. Protege a pele evitando a perda de água, promovendo hidratação.

CUIDADOS IMPORTANTES: 
Procure seus Óleos Vegetais em lojas de produtos naturais: devem ter sido prensados a frio, não podem ser refinados (ex: óleo de Girassol comum) ou ainda misturados a Óleos Minerais*   (ex: óleo de Amêndoas comum encontrado nas farmácias).


*Os Óleos Minerais, amplamente utilizados na cosmética, não são utilizados na Aromaterapia. Além de serem prejudiciais, não permitem a absorção dos óleos essenciais pela pele.
Saiba mais sobre este vilão: Óleo mineral (parafina líquida, petrolato líquido pesado, óleo branco ou vaselina líquida) é um produto secundário derivado da destilação do petróleo no processo de produção da gasolina. É um óleo transparente, incolor e quimicamente quase inerte. É um produto de baixo custo, produzido em grandes quantidades.

22 de out. de 2010

O Eleito da Primavera... Óleo Essencial de Laranja

Pesquisa realizada por Stella Bittar
Citrus aurantium, Citrus bigaradia, Citrus vulgaris
Orange (ing), Orange (fr), Arancia (it)

Pertencente à Família botânica das Rutáceas, a extração do óleo de Laranja é feita por expressão a frio da sua casca. No entanto, é interessante saber que suas folhas dão origem ao óleo essencial de Petit-Grain e suas flores ao de Neroli.



Originária do Extremo Oriente, cultivada largamente no Mediterrâneo, Israel, América do Sul e do Norte, era a “Maçã Dourada” dos gregos. Um dos trabalhos de Hércules foi tirar tais maçãs douradas do Jardim Secreto... estas expressariam os conceitos mais altos da ciência hermética, a inteligência do coração representada pelo Sol.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: depura, fluidifica o sangue e é anti-espasmódico agindo principalmente nos distúrbios de origem digestiva, circulatória, linfática: constipação, dispepsias, espasmos gástricos; celulite, retenção hídrica, pernas congestionadas, gordura localizada; gengivite, estomatite, aftas.É muito eficaz nos casos de cansaço, insônia, ansiedade, irritabilidade.
*veja como utilizá-lo na Postagem Especial Primavera


AÇÃO ENERGÉTICA: 2o a Medicina Tradicional Chinesa é tanto Yin quanto Yang e age principalmente sobre os chacras do Plexo-Solar e Frontal.

Composição Química: limoneno (90%), alcoóis, ésteres, aldeídos, cumarinas.

PSICOAROMATERAPIA
- muito eficaz nos casos de solidão e tristeza durante o trabalho árduo
- age na necessidade de expansão e confiança
- relacionada com a energia da infância: alegria, leveza, despreocupação

um spray contendo óleo essencial de Laranja é indispensável nos ambientes de trabalho em grupo: use e abuse!

Não utilizar ao se expor ao sol pois é fotossensibilizante

24 de set. de 2010

Matéria sobre os "Falsos Naturais"

Matéria de Danae Stephan editada pela Folha de SP 25 / 10 / 08

NATURAL, ‘PERO NO MUCHO’ Nem sempre o que o marketing vende corresponde à realidade: saiba o que vai dentro dos cosméticos
 
A indústria brasileira descobriu há alguns anos o poder que o apelo natural exerce sobre a venda de cosméticos. A busca por produtos menos agressivos ao organismo e ao ambiente é uma tendência mundial e seria de se esperar que o Brasil, com sua biodiversidade, fizesse parte desse movimento.
O problema é que, enquanto nos países desenvolvidos esse crescimento se dá por marcas certificadas, muitas orgânicas, por aqui o que mais se vê nas prateleiras são falsos naturais: têm rótulos apelativos, embalagens recicláveis, nomes sugestivos e até ingredientes da Amazônia. Já as fórmulas pouco diferem das convencionais.
 



Mesmo que contenham os ativos descritos nas embalagens (os extratos de açaí, cupuaçu e pitanga são os da moda), não significa que sejam naturais. As concentrações de óleos essenciais e extratos naturais são normalmente muito baixas e o restante da fórmula inclui corantes, conservantes e outros ingredientes que impossibilitam sua classificação como natural.


Estudos alertam sobre a periculosidade de determinadas substâncias largamente usadas em cosméticos. Os mais polêmicos hoje são os parabenos, triclosan, lauril sulfato de sódio e óleo mineral, derivado do petróleo, usado em óleos de banho e hidratantes, inclusive infantis.

O primeiro especialista a levantar os riscos dessas substâncias foi o médico Samuel Epstein, que considera os parabenos, por exemplo, carcinogênicos escondidos: não provocam câncer, mas estimulam uma divisão celular anômala em indivíduos com predisposição a desenvolver a doença", diz a engenheira química especializada em cosmetologia Sonia Corazza.
As pesquisas na área são esporádicas, e muitos componentes nunca foram estudados a fundo. Outros foram testados em animais, com resultados preocupantes, mas não em humanos. Outros estudos ainda relacionam certas substâncias ao câncer ou a má-formação fetal, mas se usados em doses muito maiores do que a encontrada em cosméticos.
Para fabricantes, isso prova a segurança dos produtos. Para os ativistas, a ciência está desconsiderando um fato importante: eles são usados diariamente, e em grandes quantidades.

Veja quais são os ingredientes mais polêmicos presentes nas fórmulas e por que evitá-los:


Parabenos - conservantes usados em mais de 90% dos cosméticos.
São quatro os mais comuns: butil, etil, metil e propilparabeno. Além de serem alergênicos, apresentam propriedades estrogênicas, ou seja, se comportam como um hormônio feminino. Estudos os associam ao aumento de câncer de mama.


Lauril sulfato de sódio - principal componente de xampus, causa irritação na pele e um provável carcinogênico.

Óleo mineral - a exposição a altos níveis de óleo mineral em indústrias está relacionada a doenças de pele como eczemas, acne e dermatite. Em cosméticos, são usados em concentrações muito menores, por isso são considerados seguros. Aumentam o risco de reações alérgicas.

Uréia - um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos, não é indicado para gestantes, porque atravessa a placenta. Todos os produtos com concentração maior do que 3% do ativo devem conter um alerta às gestantes.


Diazolidinyl urea - conservante usado em cremes e xampus doador de formol, substância potencialmente cancerígena.

Triclosan - bacteriostático usado em desodorantes, enxaguantes bucais e alguns sabonetes íntimos femininos. Apontado como um carcinogênico escondido, ou seja, pode aumentar a probabilidade de uma pessoa pré-disposta a desenvolver câncer.

10 de set. de 2010

Descubra a maravilhosa Lavanda...

Pesquisa realizada por Stella Bittar
  
LAVANDA (Lavandula officinalis/ Lavandula angustifolia)
Lavander (ing), Lavande (fr), Lavanda (ita) 

Pertencendo à Família das Labiadas, é uma planta arbustiva, perene, de até 1 m de altura cujas flores vão do rosa ao azul. A extração do óleo essencial é feita por destilação a vapor de suas flores.

ORIGEM E CURIOSIDADES:
Originária da região Mediterrânea, seu nome deriva do latim lavare = lavar e seu perfume é  fresco e limpo.   
Na Grécia e Roma antigas sempre esteve presente nos banhos aromáticos.
Conta-se que a peste não chegava aos fabricantes de luvas na cidade de Grasse, na França, pois estes usavam a lavanda para perfumar o couro; isso fez com que as pessoas na época sempre carregassem consigo ramos e flores de lavanda. 
Fumigações nas casas eram freqüentes afim de evitar as epidemias.
Durante a Ia e IIa Guerras Mundiais, a lavanda foi muito utilizada para limpar os ferimentos e curar queimaduras e atualmente seu óleo vem sendo testado em bandagens cirúrgicas.

Composição Química: monoterpenos, sesquiterpenos, alcoóis, cetonas,  ésteres,  aldeídos, lactonas, cumarinas

Indicações: afecções da pele, dermatite, queimaduras, micoses, picadas de insetos, feridas, úlceras, piolhos, sarnas; reumatismos, contusões; problemas das vias respiratórias -  asma, bronquite; problemas digestivos, colites, cólicas, náuseas, vômito, flatulência, dispepsias; cistites,  infecções genito-urinárias, infecções do ouvido;  conjuntivite;  infecções da garganta, escassez menstrual, cólicas menstruais,  leucorréia; hipertensão;  insônia.

Auxilia o parto sem aumentar a severidade das contrações. Acalma a mãe e alivia as dores possuindo grande ação analgésica.

*Estudos afirmam que o óleo essencial da lavanda inibe a tuberculose microbacteriana (estafilococos, gonococos, bacilo de Löeffer (difteria), bacilo de Erberth (tifóide); o vapor do óleo destrói pneumococos e estreptococos hemolíticos.


PSICOAROMATERAPIA: distúrbios do sistema nervoso, ansiedade, medo, pesadelos, stress, pânico; acalma excitabilidade  excessiva ou tonifica a pessoa melancólica (pode ter ação yin ou yang); indicada para as pessoas que perderam o contato consigo mesmas – a lavanda traz de volta a percepção dos corpos físico e emocional; suaviza o caráter e é indicada para os desequilíbrios energéticos em quadros de contínuas mudanças de um extremo a outro como no estado maníaco-depressivo; esta planta essencialmente feminina ajuda a estabilizar emoções exacerbadas das mulheres.
Atua energeticamente sobre todos os Chacras e no reequilíbrio do Qi (Medicina Tradicional Chinesa)

Preparo simples de Óleo para massagem:
Em 60 ml de óleo vegetal – pode ser de amêndoas, semente-de-uva, girassol, ou outro – o importante é que seja de boa procedência e 100% vegetal – acrescentar 20 gotas de óleo essencial de lavandausar em fricções ou massagem em todos os casos acima indicados.

Este é um óleo seguro e fortemente recomendado para gestantes e bebês.
Para aumentar sua durabilidade, acrescente algumas gotinhas de óleo de germe-de-trigo, um conservante natural, ótimo para a pele.

SE VOCÊ NÃO POSSUI O ÓLEO ESSENCIAL...USE AS FLORES!

Dores de cabeça, coqueluche, faringite, bronquite, laringite, gripe; ansiedade e tensão nervosa; cólicas e gases intestinais: Infusão das flores 2 a 3 vezes ao dia na medida de 1 colher de café para 2 xícaras de água quente – não ferva!


Ansiedade, dores de cabeça; feridas, queimaduras, picadas de insetos, afecções da pele: Compressas frias localizadas do infuso acima descrito.

Antiga receita de óleo de lavanda: Num frasco transparente de vidro colocar 1 litro de óleo de semente de uva e 100 g de flores de lavanda. Deixar o frasco 3 dias exposto ao sol. No 4o dia, filtrar numa gaze, espremendo bem. Renovar as flores e recomeçar o processo pelo menos mais 3 vezes, sempre retirando as flores antigas e acrescentando 100 g de “novas”. Guardar em seguida num frasco escuro. Este processo pode ser feito também em banho-maria ao invés de exposição ao sol (o tempo de preparo é assim reduzido).

Vinagre de lavanda: 2 colheres de sopa de lavanda em 1 xícara de vinagre branco. Deixar macerar por 3 dias em local escuro, vidro tampado. Coar.
Utilizado em todos os casos de afecções cutâneas, picadas de insetos (aplicar diretamente com um chumaço de algodão) ou ainda corrimento/prurido vaginal (proceder a banhos de assento com o vinagre diluído em água), piolhos (aplicar diretamente e em seguida lavar os cabelos) ou, em uso veterinário, em casos de sarnas (aplicar diretamente com um chumaço de algodão)...

As indicações acima não substituem tratamento médico

Uso culinário: Um toque bastante original é colocar durante o cozimento das carnes, 1 ou 2 ramos de lavanda ou ainda acrescentar algumas flores nos sorvetes, saladas-de-frutas, tortas de maçã, cremes ou no mel.


Outros usos: O suave aroma da lavanda faz com que ela seja amplamente utilizada no preparo de sachês, pot-pourris, sabonetes e perfumes.

Hildegard von Bingen, abadessa alemã do século XII, poetisa e musicista, considerada a primeira “fitoterapeuta moderna”  nos conta:

“A Lavanda é quente e seca e seu calor é saudável. Se macerarmos a lavanda no vinho, no mel ou na água e bebermos com freqüência, morna, aliviamos as dores do fígado e dos pulmões, obtendo cabeça e espírito puros”.

20 de ago. de 2010

O que é a Aromaterapia


Pesquisa realizada por Stella Bittar


Tratamento natural que utiliza óleos essenciais puros das folhas, frutos, flores, talos, caules, sementes, raízes, cascas e resinas das plantas aromáticas



Os óleos essenciais são geralmente diluídos em outros elementos vegetais e utilizados na forma de preparos naturais (Aromaterápicos) como óleos e loções corporais, sprays, tinturas, águas aromáticas, pomadas, ungüentos, elixires etc, agindo via pele ou via olfato. Podem ser utilizados em massagens, fricções e compressas, banhos, banhos de assento, escalda-pés, inalação, duchas, gargarejos, ou em preparos cosméticos.

Os óleos essenciais contêm componentes químicos de estrutura complexa e cada um, concentrando o máximo de energia vital da planta, possui sua personalidade, sua marca digital, composição química, cor, aroma e propriedades curativas únicas.

As plantas aromáticas através da história



As ervas aromáticas e medicinais, já foram muito utilizadas na China, Índia, Egito, Grécia, Roma e outras antigas civilizações em rituais religiosos ou na forma de cosméticos, remédios, perfumes, incensos.
 
 



Na Índia, as « águas aromáticas » são   utilizadas há mais de 7000 anos. 
Na China, 4500 anos antes da nossa era, Shen Nung redigiu o maior tratado de fitoterapia no qual numerosas plantas aromáticas são citadas e na mesma época, outros relatos sobre preparos com óleos aromáticos também surgiram. 
No antigo Egito o uso das plantas aromáticas desenvolveu-se muito  e utilizavam-nas nos tratamentos de diversas doenças, nos rituais religiosos e práticas mágicas.

Muitas dessas plantas vinham também, além do Mediterrâneo, da Etiópia e do Extremo-Oriente: Mirra e Olíbano eram muito utilizadas e foram encontrados traços de Cedro e Manjericão nos processos de embalsamamento.  As fumigações nas casas eram realizadas comumente e utilizavam mais de 60 plantas para a assepsia das habitações. 
Nestes períodos já eram comuns as macerações em óleos dos bagos de Junípero e de cascas de Canela para o preparo de unguentos ou vinhos medicinais.
 
Os Persas, 1000 anos antes da nossa era parecem ser os « inventores » da destilação. 
Os Hebreus empregavam aromas nos ofícios religiosos e podemos encontrar diversos relatos na Bíblia. Este costume foi largamente adotado pelos Gregos e Romanos. 
Queimava-se Lavanda, Alecrim, Hissopo, Segurelha, para evitar as epidemias.
Ainda na Grécia, Hipócrates, o « pai da medicina » fala sobre a utilidade dos banhos aromáticos nos tratamentos dos distúrbios femininos, posteriormente, as massagens com óleos foram se desenvolvendo. Em geral os Gregos e os Romanos atribuíam grande importância às virtudes dos banhos aromáticos.Galeno, foi um dos primeiros erbanários gregos e Teofrasto, relata os princípios fundamentais dos óleos essenciais nos seu Tratado dos Aromas.

Nas rotas comerciais árabes, comercializava-se Sândalo e Açafrão-da-Índia, Cânfora-da-China. 
Com as Cruzadas, a arte da destilação e da Alquimia alcançaram a Europa da Idade Média.



Pesquisa realizada por Stella Bittar

O Nascimento da Aromaterapia

Com o nascimento do método de destilação por Avicena, da perfumaria na Arábia do séc X e o seu desenvolvimento realizado pelos perfumistas e alquimistas na Europa do séc XVI, o mundo viu aos poucos florescer a produção das essências naturais ou óleos essenciais, matéria prima da Aromaterapia.

No século XV encontramos o nome Aromaterii atribuído aos apoticários, médicos-alquimistas.
O termo Óleo Essencial foi criado pelos Alquimistas que o consideravam a "alma da planta", sua parte mais pura e mais sutil, onde estão concentrados seus mais ricos componentes e seu aroma.
Nas grandes cortes européias a perfumaria com suas águas floridas são já muito comercializadas.

Com a ascensão da civilização moderna, o uso terapêutico dos óleos essenciais foi praticamente abandonado. A Perfumaria teve o domínio da utilização dos óleos essenciais por muito tempo...

Foi somente no início do séc XX que o termo Aromaterapia surgiu, com o químico perfumista francês Renée-Maurice Gattefossé e sua descrição sobre a ação dos óleos essenciais na pele, vasos sanguíneos e linfáticos e órgãos internos.
Renasce o interesse sobre a ação terapêutica dos óleos essenciais e outros grandes nomes de pesquisadores contribuíram para o retorno e o desenvolvimento de uma Aromaterapia moderna e científica: Mme Maury (Inglaterra), Sévelinge (França) e nos anos 60, Jean Valnet (França).
Hoje em dia outros nomes como Pierre Franchomme et Daniel Pénoel ocupam um lugar importante nos estudos de aprofundamento da Aromaterapia científica.

Pesquisa realizada por Stella Bittar

11 de ago. de 2010

Como agem os Óleos Essenciais no organismo

SISTEMA OLFATIVO


O homem, ao tornar-se bípede, alterou seu foco de interação com o meio acentuando, entre outros, o sentido da visão, reduzindo, por conseqüência o sentido do olfato. A complexidade do cérebro também fora amplificada.
Apesar de ser nosso sentido menos desenvolvido ainda podemos sentir 10 mil cheiros diferentes, enquanto que o paladar pode avaliar somente 5 sabores.

CÉLULAS NERVOSAS OLFATIVAS ESTIMULADAS TRANSMITEM IMPULSOS NERVOSOS AO NERVO OLFATIVO QUE POR SUA VEZ OS TRANSMITE À ÁREA CEREBRAL RESPONSÁVEL PELA OLFAÇÃO: O SISTEMA LÍMBICO
ESTE PROCESSO CAUSA RESPOSTA EMOCIONAL E INTELECTUAL.

Esses impulsos nervosos, são mensagens processadas e interpretadas pelo cérebro.
A ciência vem comprovando que, quando o sistema límbico é estimulado, a parte mais primitiva do nosso cérebro que controla olfato, pode afetar o comportamento humano, produzindo reações de calma, agressividade, medo, coragem, sexualidade, etc.

RESUMINDO...As propriedades curativas dos óleos essenciais agem:

via olfato - os sinais aromáticos são enviados ao cérebro exercendo efeito sobre o sistema límbico, relacionado com nossa memória, sentimentos, respostas emocionais e interferindo no sistema nervoso

via pele - através da corrente sanguínea seus componentes químicos são enviados para todos os órgãos exercendo efeito farmacodinâmico.

CAMINHO 1: óleos vaporizados, aromas, etc...entram no nariz – passam através da cavidade nasal – células receptoras enviam sinais eletroquímicos para bulbo olfativo – sinais vão para sistema límbico (emoções, memória) – amígdala e hipocampo – córtex – hipotálamo – interferem no sistema nervoso e endócrino – ocorrem efeitos / mudanças emocionais.:

CAMINHO 2: óleos vaporizados, aromas, etc...entram no nariz – passam através da cavidade nasal – entram nas membranas mucosas – vão para pulmões e corrente sanguínea - agem na parte fisiológica pois vão para os órgãos.

nota * : o sistema límbico é o mecanismo regulador de nossa vida íntima – aí assentam-se a sexualidade, os impulsos de atração e repulsão, o conjunto de motivações e humores, memória e criatividade e ainda nosso sistema autônomo.


Pesquisa realizada por Stella Bittar

16 de jun. de 2010

O que a Aromaterapia pode prevenir e tratar?

- Disfunções físicas: gripes e resfriados, rinites e sinusites, tosse, febre; eczemas, dermatites, erupções cutâneas, picadas de insetos, queimaduras; má digestão, diarréia, prisão de ventre, hemorróidas; menstruação dolorosa, excessiva, escassa ou irregular, tpm, perturbações do climatério e da menopausa; dores musculares e articulares, enxaquecas, retenção de líquidos, exaustão e outras.

- Desarmonias nos processos psíquicos e emocionais: ansiedade, tensão, depressões leves, insônia, irritabilidade, nervosismo, tristeza, raiva, medo, desânimo etc, gerando novos estímulos e afetando positivamente o estado de espírito e o humor, através da ação dos diversos componentes aromáticos dos óleos.

Os óleos essenciais podem ter propriedades: anti-séptica, bactericida, fungicida, anti-viral, antiinflamatória, anti-espasmódica, expectorante, diurética, sudorífera, analgésica, rubefaciente, desinfetante, inseticida, cicatrizante, emoliente, estimulante do sistema imunológico, sedativa ou estimulante do sistema nervoso, entre outras. Podem atuar na circulação sanguínea, no aparelho digestivo e urinário, nos sistemas cardiovascular, pulmonar e na secreção dos hormônios.

Pesquisa realizada por Stella Bittar

26 de mai. de 2010

Paris 2009




Feira européia de produtos naturais NATEXPO em Paris - outubro 2009.



Encontro com um grande nome da Aromaterapia científica atual na Europa, autor de diversas pesquisas e da obra "Aromathérapie Exactement", Sr. Pierre Franchomme.