20 de ago. de 2010

O que é a Aromaterapia


Pesquisa realizada por Stella Bittar


Tratamento natural que utiliza óleos essenciais puros das folhas, frutos, flores, talos, caules, sementes, raízes, cascas e resinas das plantas aromáticas



Os óleos essenciais são geralmente diluídos em outros elementos vegetais e utilizados na forma de preparos naturais (Aromaterápicos) como óleos e loções corporais, sprays, tinturas, águas aromáticas, pomadas, ungüentos, elixires etc, agindo via pele ou via olfato. Podem ser utilizados em massagens, fricções e compressas, banhos, banhos de assento, escalda-pés, inalação, duchas, gargarejos, ou em preparos cosméticos.

Os óleos essenciais contêm componentes químicos de estrutura complexa e cada um, concentrando o máximo de energia vital da planta, possui sua personalidade, sua marca digital, composição química, cor, aroma e propriedades curativas únicas.

As plantas aromáticas através da história



As ervas aromáticas e medicinais, já foram muito utilizadas na China, Índia, Egito, Grécia, Roma e outras antigas civilizações em rituais religiosos ou na forma de cosméticos, remédios, perfumes, incensos.
 
 



Na Índia, as « águas aromáticas » são   utilizadas há mais de 7000 anos. 
Na China, 4500 anos antes da nossa era, Shen Nung redigiu o maior tratado de fitoterapia no qual numerosas plantas aromáticas são citadas e na mesma época, outros relatos sobre preparos com óleos aromáticos também surgiram. 
No antigo Egito o uso das plantas aromáticas desenvolveu-se muito  e utilizavam-nas nos tratamentos de diversas doenças, nos rituais religiosos e práticas mágicas.

Muitas dessas plantas vinham também, além do Mediterrâneo, da Etiópia e do Extremo-Oriente: Mirra e Olíbano eram muito utilizadas e foram encontrados traços de Cedro e Manjericão nos processos de embalsamamento.  As fumigações nas casas eram realizadas comumente e utilizavam mais de 60 plantas para a assepsia das habitações. 
Nestes períodos já eram comuns as macerações em óleos dos bagos de Junípero e de cascas de Canela para o preparo de unguentos ou vinhos medicinais.
 
Os Persas, 1000 anos antes da nossa era parecem ser os « inventores » da destilação. 
Os Hebreus empregavam aromas nos ofícios religiosos e podemos encontrar diversos relatos na Bíblia. Este costume foi largamente adotado pelos Gregos e Romanos. 
Queimava-se Lavanda, Alecrim, Hissopo, Segurelha, para evitar as epidemias.
Ainda na Grécia, Hipócrates, o « pai da medicina » fala sobre a utilidade dos banhos aromáticos nos tratamentos dos distúrbios femininos, posteriormente, as massagens com óleos foram se desenvolvendo. Em geral os Gregos e os Romanos atribuíam grande importância às virtudes dos banhos aromáticos.Galeno, foi um dos primeiros erbanários gregos e Teofrasto, relata os princípios fundamentais dos óleos essenciais nos seu Tratado dos Aromas.

Nas rotas comerciais árabes, comercializava-se Sândalo e Açafrão-da-Índia, Cânfora-da-China. 
Com as Cruzadas, a arte da destilação e da Alquimia alcançaram a Europa da Idade Média.



Pesquisa realizada por Stella Bittar

O Nascimento da Aromaterapia

Com o nascimento do método de destilação por Avicena, da perfumaria na Arábia do séc X e o seu desenvolvimento realizado pelos perfumistas e alquimistas na Europa do séc XVI, o mundo viu aos poucos florescer a produção das essências naturais ou óleos essenciais, matéria prima da Aromaterapia.

No século XV encontramos o nome Aromaterii atribuído aos apoticários, médicos-alquimistas.
O termo Óleo Essencial foi criado pelos Alquimistas que o consideravam a "alma da planta", sua parte mais pura e mais sutil, onde estão concentrados seus mais ricos componentes e seu aroma.
Nas grandes cortes européias a perfumaria com suas águas floridas são já muito comercializadas.

Com a ascensão da civilização moderna, o uso terapêutico dos óleos essenciais foi praticamente abandonado. A Perfumaria teve o domínio da utilização dos óleos essenciais por muito tempo...

Foi somente no início do séc XX que o termo Aromaterapia surgiu, com o químico perfumista francês Renée-Maurice Gattefossé e sua descrição sobre a ação dos óleos essenciais na pele, vasos sanguíneos e linfáticos e órgãos internos.
Renasce o interesse sobre a ação terapêutica dos óleos essenciais e outros grandes nomes de pesquisadores contribuíram para o retorno e o desenvolvimento de uma Aromaterapia moderna e científica: Mme Maury (Inglaterra), Sévelinge (França) e nos anos 60, Jean Valnet (França).
Hoje em dia outros nomes como Pierre Franchomme et Daniel Pénoel ocupam um lugar importante nos estudos de aprofundamento da Aromaterapia científica.

Pesquisa realizada por Stella Bittar

11 de ago. de 2010

Como agem os Óleos Essenciais no organismo

SISTEMA OLFATIVO


O homem, ao tornar-se bípede, alterou seu foco de interação com o meio acentuando, entre outros, o sentido da visão, reduzindo, por conseqüência o sentido do olfato. A complexidade do cérebro também fora amplificada.
Apesar de ser nosso sentido menos desenvolvido ainda podemos sentir 10 mil cheiros diferentes, enquanto que o paladar pode avaliar somente 5 sabores.

CÉLULAS NERVOSAS OLFATIVAS ESTIMULADAS TRANSMITEM IMPULSOS NERVOSOS AO NERVO OLFATIVO QUE POR SUA VEZ OS TRANSMITE À ÁREA CEREBRAL RESPONSÁVEL PELA OLFAÇÃO: O SISTEMA LÍMBICO
ESTE PROCESSO CAUSA RESPOSTA EMOCIONAL E INTELECTUAL.

Esses impulsos nervosos, são mensagens processadas e interpretadas pelo cérebro.
A ciência vem comprovando que, quando o sistema límbico é estimulado, a parte mais primitiva do nosso cérebro que controla olfato, pode afetar o comportamento humano, produzindo reações de calma, agressividade, medo, coragem, sexualidade, etc.

RESUMINDO...As propriedades curativas dos óleos essenciais agem:

via olfato - os sinais aromáticos são enviados ao cérebro exercendo efeito sobre o sistema límbico, relacionado com nossa memória, sentimentos, respostas emocionais e interferindo no sistema nervoso

via pele - através da corrente sanguínea seus componentes químicos são enviados para todos os órgãos exercendo efeito farmacodinâmico.

CAMINHO 1: óleos vaporizados, aromas, etc...entram no nariz – passam através da cavidade nasal – células receptoras enviam sinais eletroquímicos para bulbo olfativo – sinais vão para sistema límbico (emoções, memória) – amígdala e hipocampo – córtex – hipotálamo – interferem no sistema nervoso e endócrino – ocorrem efeitos / mudanças emocionais.:

CAMINHO 2: óleos vaporizados, aromas, etc...entram no nariz – passam através da cavidade nasal – entram nas membranas mucosas – vão para pulmões e corrente sanguínea - agem na parte fisiológica pois vão para os órgãos.

nota * : o sistema límbico é o mecanismo regulador de nossa vida íntima – aí assentam-se a sexualidade, os impulsos de atração e repulsão, o conjunto de motivações e humores, memória e criatividade e ainda nosso sistema autônomo.


Pesquisa realizada por Stella Bittar